A preservação florestal e ambiental contribui para a absorção de CO2 da atmosfera, ajudando a conter o aquecimento global – mas esse não é seu único benefício. Ela também evita a extinção de espécies ameaçadas e protege a biodiversidade, que nunca esteve tão ameaçada: estima-se que 20% das espécies nativas de hábitats terrestres tenham desaparecido nos últimos 120 anos¹.
Os créditos de biodiversidade são um instrumento econômico que utiliza a lógica de mercado para combater esse processo. Assim como acontece na emissão de créditos de carbono, os créditos de biodiversidade são gerados por empresas, ONGs, Estados ou proprietários de terras – que realizam ações que contribuem para a preservação de espécies animais e vegetais.
Os créditos de biodiversidade são verificados por entidades certificadoras, e então colocados à venda. São adquiridos por outras empresas ou organizações, para ajudá-las a alcançar suas próprias metas de biodiversidade e cumprir compromissos ambientais.
Os recursos arrecadados com a comercialização dos créditos permitem que os geradores deles financiem e ampliem seus projetos de defesa da biodiversidade – o que gera mais créditos, multiplicando o alcance e a efetividade das ações ambientais.
Dessa forma, os créditos de biodiversidade podem ser um instrumento poderoso para interromper a perda de espécies até 2030 – meta que foi acordada por 196 países durante a Décima Quinta Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em dezembro de 2022.
1 IPBES Global Assessment Report on Biodiversity and Ecosystem Services. IPBES/ONU, 2019.