Créditos jurisdicionais

Os créditos jurisdicionais são créditos de carbono que não se restringem a projetos específicos, circunscritos a determinadas áreas: contabilizam ações realizadas dentro de toda uma jurisdição, como um Estado inteiro. E essa característica pode oferecer benefícios ao comprador dos créditos e ao meio ambiente. 

Para o comprador dos créditos jurisdicionais, o primeiro benefício é a confiabilidade. Como os créditos jurisdicionais abrangem toda a área de um Estado, reduzem o risco do chamado “vazamento de desmatamento” – fenômeno em que as ações de desmate acabam migrando para áreas não-cobertas por créditos. 

Os créditos jurisdicionais também impedem que ocorra dupla contagem de carbono (quando uma mesma área florestal é referenciada por dois ou mais projetos separados). Além disso, eles se beneficiam de economia de escala: seus custos de mensuração, relato e verificação (MRV) por km2 de área tendem a ser mais baixos. 

Por fim, vale lembrar que os créditos jurisdicionais são emitidos por Estados – que dispõem de amplas prerrogativas regulatórias, jurídicas e operacionais para assegurar seu cumprimento. 

A comercialização de créditos jurisdicionais também é positiva para o meio ambiente, pois eles levantam recursos para a implantação de políticas públicas de preservação ambiental em larga escala – ao mesmo tempo em que criam o compromisso de que isso seja feito.  


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