Antes de tudo, é preciso entender que há dois tipos de mercados: os regulados e o voluntário. Nos regulados, como o estabelecido pela União Europeia desde 2005 e o que está em discussão no Congresso brasileiro, governos fixam metas de redução de emissões para determinados setores e distribuem ou vendem “permissões” para poluir. Quem emite mais do que o teto permitido precisa comprar de quem emitiu menos. Os valores oscilam dentro desses mercados. As permissões são retiradas de circulação gradualmente, o que encarece esses ativos e, portanto, incentiva as medidas de descarbonização. Créditos de carbono tipicamente se referem ao que se negocia nos mercados voluntários. Como diz o nome, trata-se das transações feitas pelas empresas que não são obrigadas por regulação a cortar suas emissões – elas o fazem voluntariamente. Os créditos tipicamente correspondem ao CO2 equivalente que deixou de ser emitido (evitando o desmatamento) ou que foi retirado da atmosfera (por árvores ou plantas de captura direta). Críticos afirmam que os offsets – se usados indiscriminadamente – se transformam numa “licença para poluir” e atrasam a transição energética. Tanto nos mercados regulados como no voluntário, as negociações são feitas em toneladas de CO2 equivalente.